A prostatite é uma inflamação/infecção da próstata que comumente é causada por bactérias da urina se alojando no tecido prostático. Em geral, os microrganismos são transportados até a próstata pela uretra, causando a inflamação/infecção.

É preciso tomar cuidado, pois a próstata inflamada é um problema que pode afetar quase todas as faixas etárias e comprometer a saúde e a qualidade de vida do homem.

Para ajudar você, elaboramos esse artigo, em que levantamos os sintomas mais comuns, possibilidades de diagnóstico pelo especialista, formas de tratamento e cuidados para a prevenção de nova inflamação. Confira!

Sintomatologia e tipos de prostatite

Os sintomas que podem se manifestar ao longo do desenvolvimento da doença incluem o desconforto perineal, sensação de queimação, urgência miccional, aumento de frequência urinária e dor durante, ou após, a ejaculação.

Existem diferentes tipos de prostatite:

• bacteriana aguda;
• bacteriana crônica;
• não bacteriana.

A prostatite bacteriana aguda pode produzir febre e calafrios, dor perineal, retal ou lombar. Podem ocorrer sintomas urinários, como a disúria (dor para urinar), aumento na frequência, urgência e noctúria (micção durante a noite), muito facilmente confundidos com os sintomas de infecção do trato urinário.

Por sua vez, a prostatite bacteriana crônica é uma causa importante de infecção reincidente do trato urinário em homens. Em geral, os sintomas são brandos, apresentando aumento de frequência miccional, disúria e ocasionalmente secreção uretral.

Se não tratado corretamente, o paciente pode apresentar complicações, como inchaço da próstata e retenção de urina, incluindo também epididimite (inflamação do epidídimo), bacteremia e pielonefrite (infecção no rim).

Cabe destacar também a ocorrência da síndrome da dor pélvica. Pessoas com essa síndrome apresentam a dor na pélvis e os demais sintomas da prostatite, embora não haja nenhuma inflamação ou qualquer outro problema na próstata. Porém, antes de chegar a essa conclusão, é preciso que o médico verifique outras possibilidades que afetem a saúde do homem.

Diagnóstico

O diagnóstico de prostatite é realizado após entrevista e exame clínico do paciente. Persistindo a dúvida, podem ser solicitados exames, como:

• urina rotina;
• urocultura/antibiograma;
• espermograma;
• espermocultura;
• ultrassom.

Tratamento

O tratamento da prostatite visa à cura e evitar complicações, como formação de abscesso e septicemia.

No tratamento da inflamação bacteriana aguda, o especialista costuma:

• prescrever antibióticos de largo espectro (que combatem vários microrganismos);
• orientar o paciente a permanecer em repouso para o alívio dos sintomas dolorosos;
• indicar a utilização de medicações analgésicas para alívio de dor local;
• prescrever medicamentos antiespasmódicos e sedativos vesicais para aliviar a irritabilidade da bexiga.

Pode ser orientado também banho de assento com água morna para aliviar a dor perineal, espasmo da próstata e emolientes fecais para evitar a dor devido ao esforço ao evacuar.

Já o tratamento da prostatite bacteriana crônica é mais difícil, porque muitos antibióticos difundem-se mal para dentro do líquido prostático.

O tratamento da prostatite não bacteriana é direcionado para o alívio dos sintomas apresentados.

Cuidados e Prevenção

Na fase aguda, devem ser evitados alimentos e líquidos que possuem ação diurética ou que aumentem as secreções prostáticas, como: bebidas alcoólicas, café, chá, chocolate e refrigerantes tipo cola.

Manter vida sexual ativa ajuda no esvaziamento da próstata. Porém, durante os períodos de inflamação aguda, devem ser evitadas a estimulação da próstata e relações sexuais. Para minimizar o desconforto, deve-se evitar ficar sentado por longos períodos.

Após o tratamento, o acompanhamento com médico urologista é necessário por um período de seis meses a um ano, pois a prostatite causada pelo mesmo organismo ou por organismos diferentes podem reincidir, sendo necessária nova avaliação e mudança de tratamento medicamentoso.

Em alguns casos, se faz necessária também a avaliação da parceira, para verificar se também está infectada, o que geraria reinfecção.

Ficar atento aos sinais e sintomas, realizar tratamento adequado e acompanhamento periódico com médico urologista pode evitar complicações.

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