Endometriose na adolescência – qual é a melhor conduta?

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Endometriose na adolescência – qual é a melhor conduta?

A adolescência é definida como a idade entre 10 e 19 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é marcada por importantes alterações físicas e comportamentais. A dismenorreia (cólica) acomete 60% a 93% das adolescentes. Apesar da alta prevalência de dismenorreia em adolescentes, cerca de 70% não procuram orientação médica.

            A dismenorreia secundária tem como principal causa a endometriose. A prevalência dessa doença entre adolescentes          é estimada entre 4% e 17%, no entanto, esse valor pode estar subestimado, pois o diagnóstico definitivo não é feito. De acordo com a Associação Americana de Endometriose, 66% das mulheres adultas com essa doença, tiveram o início dos sintomas antes dos 20 anos de idade e demoraram em média 12,1 anos para o diagnóstico definitivo.

            Pode não haver correlação entre o estágio da doença e a intensidade da dor, mas em adolescentes, dor intensa persistente ou cólica, associada ao absteismo escolar e sem melhora com o uso de medicamento, deve alertar o médico para o diagnóstico da endometriose.

            O estádio das lesões de endometriose nas adolescentes na maioria é mínima ou leve, correspondendo aproximadamente a 77%.

            O uso de anticoncepcionais hormonais e antinflamatórios não apresentam nenhuma restrição nessa faixa etária e podem melhorar os sintomas dolorosos em até 80% das pacientes.

            A endometriose em adolescentes é uma doença a ser considerada como importante diagnóstico diferencial de dor pélvica crônica, principalmente entre aquelas com dor refratária ao uso de medicações habituais.

            As queixas das pacientes devem ser sempre valorizadas, com o objetivo de diminuir o tempo de latência entre os sintomas e o diagnóstico, que aliado ao tratamento precoce melhora qualidade de vida e provavelmente diminui a progressão da doença e melhora o prognóstico futuro de fertilidade.

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