Preparação seminal

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Infertilidade Masculina

Preparação seminal

A preparação seminal é um procedimento essencial para as técnicas de reprodução assistida, sejam de baixa, sejam de alta complexidade. Ela é parte de praticamente todos os programas de reprodução assistida (RA).

O processamento do sêmen é feito em laboratório específico e visa não somente remover toxinas e contaminantes do líquido seminal que possam provocar quadros infecciosos como também separar os gametas do plasma seminal. Dessa forma, podem ser selecionados os espermatozoides com bons parâmetros de motilidade e morfologia, que são os que apresentam melhor qualidade.

Pensando nisso, separamos as principais informações para você compreender como é realizado o preparo de sêmen para utilização em técnicas de RA. Continue lendo e tire suas dúvidas sobre o assunto!

Preparo do sêmen

O preparo é realizado, geralmente, no dia da coleta do sêmen, pouco antes de os espermatozoides serem utilizados na técnica de reprodução assistida em curso, que pode ser tanto a inseminação artificial (IA) como a fertilização in vitro (FIV).

As técnicas mais utilizadas na preparação seminal são o gradiente descontínuo coloidal de densidade e a migração ascendente (swim-up). O gradiente é realizado mediante a aplicação de uma força centrífuga no líquido seminal coletado a fim de que os espermatozoides superem gradientes de densidades diferentes. Com isso, ocorre a capacitação desses gametas, a seleção dos melhores para a fertilização. Já a migração ascendente (swim-up) faz a seleção pela motilidade, pois os melhores espermatozoides se desprendem e nadam até a superfície.

Swim-out

É importante chamar a atenção para aqueles homens que têm a quantidade de espermatozoides no sêmen muito baixa, às vezes com resultados anteriores até de azoospermia (ausência de espermatozoides). Nesses casos, podemos utilizar técnica de pesquisa de espermatozoides por meio de centrifugação da amostra seminal (pesquisa de criptozoospermia) e a utilização da técnica de swim-out. No caso de não se encontrar espermatozoides após centrifugação seminal, o sedimento é colocado no centro de uma gota de meio de cultura. A presença de espermatozoides pode ser constatada nas bordas do meio de cultura (swim-out).

Diferença entre inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV)

A inseminação artificial (IA) ou inseminação intrauterina (IIU) é uma técnica de reprodução assistida que oferece a possibilidade de gravidez para casais com problemas de infertilidade. O tratamento consiste em depositar os espermatozoides diretamente na cavidade uterina, o que aumenta as chances de gravidez.

A diferença principal entre a IA e a FIV é que, na primeira, a fertilização ocorre dentro do corpo da própria mulher, portanto o óvulo não é retirado, enquanto a segunda realiza o encontro do óvulo com o espermatozoide em laboratório para posterior transferência do embrião ao útero.

A IA é uma técnica de RA de baixa complexidade que pode ser feita no consultório médico com ou sem indução da ovulação e é indicada para algumas condições de infertilidade. A mais frequente indicação é para casais jovens em que na avaliação das causas de infertilidade nada foi encontrado para explicá-la. É a chamada infertilidade sem causa aparente.

Condições para a realização da inseminação artificial

Tanto de forma natural como na IA, a fecundação se dá no interior da trompa, portanto a mulher deve ter preservada pelo menos uma delas para que seja possível o encontro do óvulo com os espermatozoides.

Caso a mulher tenha se submetido ao procedimento de laqueadura tubária, o tratamento mais indicado é a FIV.

O homem precisa fazer uma análise seminal completa para avaliar as condições dos espermatozoides. O sêmen deve conter pelo menos 2,5 milhões de espermatozoides móveis progressivos no recuperado, após manipulação em laboratório; é necessário também que haja mais de 4% de formas normais.

A técnica de IA consiste na criação das condições para que ocorra a gravidez, ou seja, preparando o óvulo da mulher e selecionando os melhores espermatozoides do homem. Homens que tenham se submetido à cirurgia de vasectomia não preenchem as condições necessárias para realizar a IA, sendo necessária a cirurgia de reversão de vasectomia ou a FIV com a coleta dos espermatozoides por punção do epidídimo ou testículo seguida da técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).

O uso de uma ou de outra técnica de reprodução humana assistida depende do motivo pelo qual o casal está tendo dificuldade para engravidar. Consultar com um médico especialista para detectar o motivo pelo qual a gravidez não ocorre naturalmente é o primeiro passo.

Índice de sucesso da inseminação artificial

Os índices de sucesso de gravidez variam de acordo com as causas de infertilidade, a idade da mulher e se foi utilizada a indução de ovulação, uma vez que a IA utiliza o óvulo e os espermatozoides do próprio casal. As taxas de sucesso ficam entre 8% e 12% por tentativa.

Assim como acontece no coito programado, a IA permite mais de uma tentativa, mas, caso não tenha efetividade depois de três tentativas, recomenda-se o estudo de outra técnica de RA, como a FIV.

Índice de sucesso na FIV

O índice de sucesso da FIV varia conforme a idade da mulher e/ou a qualidade dos embriões obtidos. No entanto, de forma geral, o índice de sucesso da FIV está em torno de 35% a 50%, podendo chegar a 60% ou mais, dependendo da idade da mulher e do número de tentativas realizadas.

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